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Deformidade de Parede Torácica -Pectus excavatum ou carinatum

São deformidades da parede torácica, principalmente relacionada ao crescimento "torto" das cartilagens nas costelas. Afetam aproximadamente 1 em cada 400 nascimentos. Existem dois os tipos principais de pectus:

Pectus excavatum (tórax em funil): é o defeito mais comum caracterizado por depressão do osso esterno. História familiar ocorre em 23% a 41% e há predominância do sexo masculino em relação ao feminino 4:1. Pode existir associação com algumas doenças congênitas raras.

Pectus carinatum (peito de pombo, peito de sapateiro, tórax em quilha): é menos comum, caracterizado por protusão esternal. Ocorre predominância do sexo masculino sobre o feminino 3:1. O defeito na maioria das vezes é progressivo com o crescimento, porém com pouco ou nenhum sintoma.

Suas causas são desconhecidas - acredita-se que ocorra um crescimento anômalo e exagerado das cartilagens costais originando a deformidade. Dependendo deste crescimento desorientado, o osso esterno pode se projetar anteriormente, formando o pectus carinatum , ou pode “afundar, formando o pectus excavatum.

O "defeito" pode ser percebido ao nascimento, porém sua evolução é variável, podendo acentuar-se na adolescência devido ao rápido crescimento dos ossos e cartilagens na puberdade. A grande maioria dos pacientes são assintomáticos. Alguns queixam-se de sintomas vagos, muitos deles subjetivos, como por exemplo dor no peito, taquicardia (palpitações), falta de ar, cansaço fácil, além de má postura ou impressão de "queda do ombro". Sintomas de ordem psicológica estão freqüentemente associados a essa deformidade da parede torácica, incluindo introversão (timidez), complexo de inferioridade, provocando nos jovens a fuga do convívio social, vergonha de expor o tórax (tirar a camisa na piscina ou praia) etc.

O diagnóstico é clínico, baseado na observação e no exame físico. Deve ser complementada com tomografia computadorizada e reconstrução em 3D da parede torácica. Há diferentes modalidades de tratamento:

A fisioterapia traz benefícios para correção do défict postural, porém não existe melhora no defeito da parede torácica. Existe um aparelho denominado de "compressor dinâmico do tórax" o qual comprime o osso esterno, que pode ser indicados em alguns casos de pectus carinatum , e e de protusão costal. Para os casos de pectus excavatum, poderá ser indicado o uso do “vacuum-bell”, que é um aparelho que age por sucção contínua, para tentar reposicionar a deformidade.

A indicação da cirurgia está baseada principalmente nas alterações estéticas e psicológicas de cada paciente, porém alguns distúrbios como sensação de falta de fôlego aos esforços podem melhorar após a correção cirúrgica. Recomenda-se operar apenas a partir dos 12 anos de idade.

As opções cirúrgicas mais empregadas atualmente são:

Técnica convencional (ressecção das cartilagens costais bilateralmente e elevação ou depressão do osso esterno, conforme o caso)

Técnica minimamente invasiva (barra de Nuss - apenas para o pectus excavatum ) O cirurgião torácico , após a avaliação do paciente e seus exames, indicará o procedimento que trará o melhor resultado estético e funcional .